Muito se diz que o rock e suas vertentes morreram. Mas será isso uma verdade? Com certeza não. Ele está mais vivo do que nunca! Mas porque a frase “o rock está morto” é tão repetida e frisada? Existem duas respostas simples para esse questionamento: o esquecimento da mídia e falta de interesse do público. Não é mistério para ninguém que a mais de uma década, esse estilo que se propagou e influenciou diretamente para revolução do mundo moderno, foi simplesmente esquecido pela mídia.
A resposta para o porquê desse esquecimento repentino também é tão simples que chega a parecer uma piada. O ROCK NÃO VENDE. Isso mesmo, ele não gera lucro. O rock e suas mais variadas vertentes têm como um pressuposto essencial um certo espírito revolucionário. Um espírito de revolta seja contra algo ou alguém, e simplesmente, isso não vende.
Os fãs do estilo geralmente não consomem mídias convencionais, não consomem produtos, serviços e afins de uma indústria que controla nossas mídias sociais. E o que acontece com algo que não produz, não gera renda: é simplesmente apagado, esquecido. Por sua vez, e não tão menos culpados, entram os ditos fãs. São as pessoas que idolatram grandes bandas, essas que têm o seu lugar e merecem nosso respeito, mas se esqueceram de que desde o final dos 90, onde o rock ainda estava no seu auge, surgiram milhares de bandas.
Ainda assim, ficam encantadas com um período que já passou, deixou sua marca, mas se esqueceram de que o legado dessas bandas continua até hoje. Essa é a tendência da vida, parafraseando Lavoisier, eu poderia dizer: “Na música, nada se cria, nada se perde, tudo se TRANSFORMA”. E é isso que parece ficar impedindo que os fãs do rock “clássico” aceitem os novos estilos, a transformação. Comparando-se o antigo estilo, nas suas raízes do blues, com as atuais vertentes do estilo, percebemos um abismo: timbres, riffs, batidas, letras, experimentalismo… Essa transformação é um fenômeno natural que acontece em todos os estilos musicas.
O cenário do atual tem bandas de altíssima qualidade e eu me perderia se eu listasse só algumas delas. O rock está vivo, independente, sobrevivendo nos meios undergrounds e é isso que importa. É normal esse preconceito com bandas novas, mas tente um exercício, tire um tempo no seu dia, para ouvir uma banda nova, apenas uma música. Desligue todos os seus conceitos, apenas sinta a energia… Te garanto, aquela energia que motivou os principais nomes da época, ainda está viva, mais do que nunca.